Radio A Toa

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Eternamente



bonecos brincam em jogos de hipóteses
outros se perdem trocando as pernas!
talvez uma coisa ou outra nenhuma agora,
alienado hoje, nem desconfia dos amanhãs
das cercas e da improvável geografia
descaracterizada por absurdos; surtos anímicos!

o outro lado é break through the other side !
o lado escuro da lua, talvez daqui cem anos ainda,
o outo lado dela!...TPM justificando a insatisfação
descrença niilista enlouqueçendo os esquecidos de si!

Relembrados como sobreviventes de kataclismas
tsunamis ideológicas da conspiração planetária....
lost in planets, survival species.....
devoradores alienígenas...across the universe!
perversão entrópica.

desafio interplanetário, mentira de deuses.
perversos devoradores de petróleo,
etanol, carvão e alcatra!
criadores de civilizações e psicogeografias:

- chorem: 

- lágrimas de sangue!

domingo, janeiro 20, 2013

Embrionaria



Houve uma época,
que nem lembro mais,
de sensações aquáticas, 
ecos de emoções,
que ninavam
um sono embrionário embalado,
por uma doce voz distante,
contando estórias e sonhos,
sobre o que eu viria ser...

lembro da marca indelével,
que persiste por todos esses dias
de um sentimento, meio aos sussuros
que vibravam do corpo que me abrigava.

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Xadrez



  Tanto tempo não falava que perdeu o norte, de leste a oeste, uma porta revelando um mundo estranho entre pisos quadriculados e colunas gregas evidenciavam o fim da cultura greco romana, andy vociferando a morte da arte, outros desenhando xadrezes absurdos ente o preto e branco.

outro lado do não dito o fetiche pulando as quadras brancas. quadra em quadra se brincava parnasianamente entre o sem sentido e vã esperança da licença poética...se não houvessem virgulas, haveriam três pontos e assim a pausa se desenharia....havia em outro dia o que não realizamos hoje e depois de amanha outros enganos... assim ficaria sem verbos na forma alexandrina e fora das nornas poéticas que sintetizam os verbos e outras exigências das formas léxicas, dizia assim alice nestes labirintos impregnados de papeis esvoaçantes e outras imagens possíveis ao infinito imaginário coletivo, aonde, incautos colhemos o que plantamos; diretriz tão velha como o eterno retorno....

Alice não mora mais aqui. A casa não mais é dela e outros sonhos que não são, insistem se refletirem, como miragens em espelhos que não nos reconhece.

havia em outro tempo algo tão revelador, frases aleatórias num notepad acessório de janela, vomitando verborreia alheia a nossa. falsos perceptores da vã filosofia. mistura de um esperanto kaotico, que não se realiza por não valer nada, apenas outra palavra na tentativa de palavras, palavradas, aradas no terreno da mente.... pensava assim a menina pulando, quadras negras.


sábado, janeiro 05, 2013

A rodar

Que imensidão Solidão Que paredes me cercam Céu na fresta da janela E antenas, quantas E cérebros Tormentas Essecialidades parcas?! Fisiologias Minhas pernas no vaso Desejo fisiológico Instantâneos Impermanências Choro e riso, impermanentes... Que imensidão Solidão de materialidades Incensos, ‘inssencialidades’ Pareceu-me agora dos deuses Uma máquina de escrever a escrevinhar solta e alegre A história de ninguém e de cada um Música de ninar, arremedo de sonho e eu a rodar, rodar... Se não é a arte, que sentido há Se não vida em arte, solidão... Imensidão vazia E a máquina a escrevinhar ninguém... E eu a rodar, rodar...