A cama estava convidativa, porém, precisava levantar e começar o dia. Enquanto passava toda a parafernália diária no rosto; filtro solar, creme para os olhos, corretivo para as olheiras, sombra, rímel e etc., tentava recordar o sonho da noite anterior, distraída esbarrou na gaveta que mantinha as calcinhas e sutiãs que vinha colecionando há tempos... Nunca as usara, eram para ele. Tinha de todos os modelos, tamanhos e estampas. Sabia que não teria como usá-las, mas gostava de saber que elas estavam ali. Havia dias em que a saudade apertava então as colocava e fingia que ele estava do outro lado do espelho admirando seu corpo e as peças delicadas, imaginando o que fariam depois... Lembrou que era sexta-feira e precisava se apressar, já passava das oito horas. Sonhara como sempre acordada.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
É muito bom!
Nós e nossas gavetas de sonhos...quantos sonhos...beijos Nina
Obrigada queridos!
Ah Nina. Eu tenho. Calcinhas que nunca usei porque comprei pra usar com ele. Roupas que nunca usei porque comprei pra sair com ele. Lençóis que nunca usei porque comprei pra dormir com ele. E ele, Nina, não está mais. Agora nem sei o que fazer com as não usadas peças. Me faltam fôlego e coragem pra esvaziar minha vida da presença ausente dele. E eu continuo com os guardados.
Ah Nina. Eu tenho. Calcinhas que nunca usei porque comprei pra usar com ele. Roupas que nunca usei porque comprei pra sair com ele. Lençóis que nunca usei porque comprei pra dormir com ele. E ele, Nina, não está mais. Agora nem sei o que fazer com as não usadas peças. Me faltam fôlego e coragem pra esvaziar minha vida da presença ausente dele. E eu continuo com os guardados.
Postar um comentário