Radio A Toa

sábado, agosto 24, 2013

'till remains



Palavras ditas assim parecem enganos em bocas obsoletas, quando mal faladas. Sempre há necessidade de se negar a frase . sei que “ser” cala de vez; entre sorrisos e promessas desfeitas à outros compromissos, senão, aos palavreados vulgares á prometer. Seria eu o efêmero deliberadamente virando as costas ao engano?

De pedra são os muros da moral e os véus da falsa falácia, diria eu outra coisa se tivesse que falar sobre outras coisas que permitem-me falar. mas, sempre á entre nós, virgulas aplicadas ao discurso.

Outro método diria, seria fácil contradizer a metodologia vigente...seria fácil falar outras  frases, e recriar a fonética discursiva, leitura de palavra a palavra, dito assim pode ser depois, parece ocorrido de imediato certo de não perder o ritmo da palavra alheia, verbo é verbo quando desdito deixa de ter sua utilidade e cala-se a outros sentidos em nova frase sendo assim aguarda o momento certo para se repetir  em ouras frases senão estas.De outra maneira aconteceriam outras frases diferentes destas, que falamos indisciplinosamente  por ai boca a boca voraz falando a toa. Outro dia diriam as Más línguas desclassificadas pelo palavrear alheio. Dito assim até parece palavra fácil em boca alheia, haja palavras à te calar....sei lá, quantas vezes disse não!. Poderia de outra maneira escrever, caolho enxergando pelas tangentes a visão de ângulos obtusos, da minha miopia, frases adversas contando a indecência do parafrasear, olhar atravessado, semi fake suziee‘n’the banches.

Olha de novo meus dedos descrevendo aos toques no surreal dadaísta das teclas virtuais acabando de vez com o orgulho sulista e a falácia nortista, sendo assim não há outra maneira se não rezar o mantra e calar-se. Mesmo assim o verbo é o verbo e a canção pode se dar ao luxo de continuar a ser a mesma.

domingo, agosto 11, 2013

Balanço

Estivera pensando; se tudo aquilo que sentisse fosse por completo compartilhado talvez não parasse e vislumbrasse a realidade daquele sentimento. Estivera seriamente pensando sobre isso e suas tantas implicações, nesse emaranhado de dependências e expectativas por onde caminha a humanidade. Sim, estivera pensando nesses amores arrebatados vividos até o esgotamento, até vir de súbito uma antipatia matutina, um desejo de descansar. Nesses padrões fixos de relações de amizade, de paixão, de empregabilidade, de nacionalidade. Estivera pensando tão seriamente, que a custo chegaria a uma única conclusão, mas por sorte percebia que a continuidade produtiva não passava por contos de fada, por certo fáceis de se extinguir, nem por sólidas relações de qualquer espécie. Estivera pensando sobre os intervalos, férteis intervalos dados a pensamentos e, sobretudo, a faltas refletidas em lembranças boas, em detalhes sordidamente encantadores. Estivera pensando tanto que se cansava, cansava-se do círculo em que rodava a procurar uma ponta qualquer de sentido no começo e no fim sem fim, até se perder no círculo e rejeitar toda e qualquer categorização espúria e gelatinosa. Estivera pensando nesses laços perdidos em todas as vidas, nos feitos também e desatados e refeitos e consumidos e inibidos. Conclusões não saltavam, não se alinhavavam, não teimavam e nem fugiam. Vinham uma a uma e iam uma a uma pra dizer talvez do momento presente, instável, quando tudo se fazia e se desmanchava. Mas era difícil esse desfazimento; a força de fazer cotidiano era indelével marca do humano?! Não saberia dizer, pois que abominava a rotina e a buscava incessante, ignorante dos malefícios dela, repetição irrefletida. Quem sabe um meio termo?! Equilíbrio idealizado, mero falsete, ramalhete de flores plásticas. Definitivamente não era possível esse meio termo estático, senão um esbarramento qualquer, luz no fundo; e depois?! As pontas sem pontas do círculo teimoso das categorias, das identidades, das amabilidades forjadas, das tristezas consentidas por motivos ignorados, das alegrias representadas, dos vazios escondidos. Insensatez pensar, mas estivera pensando. Mais apropriado seria agir e não pensar, alguém diria. E aí, restaria o julgamento do passional agir, o cúmulo da natureza a macular a humanidade dada ao racional. Assim, paralisava em pensamento a tentar entrever no mínimo aquela luz do intervalo, quando vinham aquelas lembranças boas, irreprimíveis, naturalmente bebidas feito vinho cremoso e cheiroso, um tontear em fim de tarde enquanto saem as palavras soltas, feito um movimento em gangorra de goiabeira; leva vento, corpo traz; e aquela vontade interminável, não parar de balançar.

domingo, agosto 04, 2013

Crentes da outra dimensão


penicilinas curando a peste negra de seus contatos contagiosos celebrando a antropomorfia que nos iguala no fim do mundo, e, a seca que agora lhes nega o fundamental e os mata de calor sem direito ao contato com os sabonetes produzidos pelos overdosados de anti inflamatórios, mancos impregnados de ácido urico, e fragrâncias diferenciadas impostas pelos perfumistas de plantão, "Cité Soleil", capacetes azuis e rostos transplantados com direito a foto na rede mundial e boca torta a fumar o não cachimbo de Magritte.....o que me adianta frases bem escolhidas pensadas e tratadas pela sensibilidade "transpointed", se só o que farei serão as arqueologias dos meus enganos e a meta linguagem de minha psique a me curar e a desafiar o tratamento psicoanalitico que me conduzirá para distante destas neuroses que me certificam....e que fazem o doce amargo de minhas inquietudes....o escuro supostamente pertence a "dark's" e vampiros que jamais se alimentarão deste sangue impregnado de dissabores e amargores angustiantes...