Radio A Toa

segunda-feira, julho 23, 2012

Prayer



quereria escrever frases santas inventar orações reescrever minha fé, de forma a refirmar o conforto ao orar, queria falar sobre isso, creio que todos se impressionan diante do tono. serão palavras evangélicas a manifestação da fé? serão que palavras que?...serão? sei lá digo nada de boca miúda.;xingando a mãe alheia sei lá se vale o ódio...sei lá. se paz e amor!
sei lá o que te oferecer, ´palavras; versos e paragrafos futeis feito canções primaveris;...sei lá se sei compor o verso!
Oro repito o sabido, recanto a canção milenar. na certeza do canto dos fantasnmas, reescuto a lamuria reinvento a canção. liberto de mim os fantasmas e alumio a luz dos anjos!....amo orar.

Sei lá se essa falácia me reconhece ou me esclaresse, sei lá
 se não sei,,,digo, assim que, oro...ora bolas!


domingo, julho 22, 2012

Nós



Teremos tempo ainda?
Amar, gargalhar?
Seremos os mesmos ainda?
Medos, enganos?
Alcançaremos ainda?
Paz, serenidade?
Inspiraremos ainda?
Nós mesmos, o Outro?


Precisamos ainda:
Fraternidade-Caridade-Paciência



Conheça: Aldo Santillo

por DOREMIFA

Depois de um tempo sem dedicar um espaço ao pessoal fora do mainstream, o site volta a apresentar uma entrevista com o goiano (e atuante no Rio de Janeiro) Aldo Santillo. Embora esteja lançando agora o seu álbum de estréia, “Despeito”, (disponível na íntegra no facebook do cantor), Santillo é um compositor que se aperfeiçoa a mais de 20 anos, o que faz com que algumas canções possuam uma musculatura não muito presente em artistas ainda iniciantes em composição.
Embora “Despeito” tenha como eixo central o rock, as canções navegam pelo indie, blues e até bossa nova. O álbum pode ser bastante interessante para quem procura um som com temáticas mais maduras e que navegue por diversas seções rítmicas.
Mais interessante do que ler a crítica de um ouvinte, o blog traz uma entrevista gentilmente cedida pelo cantor onde o mesmo apresenta seu trabalho, a sua força e suas reflexões sobre o mercado fonográfico e a forma com que se consome música nos dias de hoje. Os links de acesso ao cantor na internet são ressaltados no final do texto.

DOREMIFÁ:  O álbum “Despeito” possui a interessante característica de apresentar pitadas de diversos estilos diferentes, mas com uma textura homogênea. Conte-nos um pouco sobre o como essa ideia de som se desenvolveu.
 
Santillo: Sim, o álbum Despeito, que é o meu primeiro, tem uma forte identificação com o rock clássico, anos 80 até, mas também navega por vários estilos como o blues, mpb, indie, pop e, tudo isso, sem perder a essência. Todas as músicas do álbum têm essa identidade sonora muito forte. A explicação mais fácil para isso é o desencontro temporal de várias das composições que estão ali. Por exemplo, o blues “Corpo Macio” foi feito há mais de 20 anos, assim como “Nuvens”. Já “Segunda-feira” é uma composição que tem por volta de 10 anos, assim como “Despeito” e “Nananá”. Já “Ponto.”, “Por Alice” e “As melhores coisas da vida” são as mais recentes, compostas em 2011. Só por aí já dá pra se ter uma noção de que essa explicação não funciona, ou seja, várias das músicas que estão no álbum, mesmo que feitas em épocas distintas, quando comparadas a outras da mesma época, continuam com estilos distintos. Eu acho que a melhor explicação para essa variação é justamente minha formação musical, que começou com o violão popular, depois o clássico, passando por um pouco de jazz, instrumental. Mas o fundamental é minha paixão pelo rock. Curti muita coisa psicodélica na minha infância/adolescência também, o que influencia algumas músicas. Me lembro que fui assistir ao filme “The Wall” no cinema em Anápolis-GO e fiquei tão impressionado com a trilha sonora do filme que ao sair de lá fui direto comprar o disco (sim, era vinil naquela época) duplo. Quando sentamos pra gravar esse CD, as músicas estavam apenas na minha cabeça (e numa demo que gravei em casa mesmo, só com o violão, apresentando as ideias). A banda que reuní pra gravá-lo é uma galera que me conhece há muito tempo e acho que esse entrosamento ajudou a criar o clima desse álbum. A ideia era gravar todas as músicas com a formação clássica de baixo, batera e duas guitarras, mas acabou que no final ainda colocamos alguns teclados em algumas faixas. Achei que o resultado ficou excelente. O som está bem maduro, o que reflete a qualidade da banda que gravou o CD. Então, acho que muito da coerência sonora vem disso. Praticamente todos os arranjos foram feitos em estúdio, com a mesma banda.
DRMF: O seu som apresenta diversas variações de diferentes épocas. Para você como artista, como acha que isso pode se encaixar nos dias de hoje? Aproveitando, como o novo artista pode se encaixar nos mercado atual?
 

S: Desde a primeira vez que peguei num violão já tentei fazer minha primeira composição, tocando com as cordas soltas mesmo (quem toca sabe que antes de criar o “calo” na ponta dos dedos, não dá pra tirar som do violão). E assim foi. Sempre compus. Então, já estou há mais de 20 anos compondo. Tenho recebido muitas críticas positivas do CD na página do facebook (www.facebook.com/Santillo.Rock) e também no twitter (@aldosantillo), das mais variadas pessoas das mais variadas idades. 
 Quando resolvi gravar este CD, eu estava há alguns anos sem mexer com música, sem compor nada, sem tocar, nada. Parado completamente e afastado do meio musical. Gravei uma música pra participar de um concurso no final de 2010 e acabou que gostei bastante do resultado e resolvi gravar o resto. A princípio fiquei um pouco receoso do que poderia acontecer, mas a minha ideia nunca foi de fazer alguma coisa para que fosse aprovado por este ou aquele público. A única pessoa que precisou aprovar as músicas e a forma como elas estavam saindo, era eu mesmo. Então eu fiz um CD com a minha cara, do jeito que eu gosto e do jeito que eu achava que deveria ser. Claro, com a colaboração de excelentes músicos que tenho o prazer de ter como amigos e parceiros nesse projeto. Todos eles trazendo suas influências para o som, o que tornou o resultado muito mais rico. E eu gosto disso. De colocar uma ideia e ver como ela vai se desenvolver na mente dos outros músicos. Sai muita coisa boa daí. Enfim, acho que meu som tem seu espaço no cenário do rock nacional. Inclusive acho que pode até preencher algumas lacunas. Por ser um som mais maduro, talvez encontre mais facilidade com um público mais maduro, acima dos 30 anos. Acho que falo sobre temas que têm um apelo maior pra esse público. Mas a galera mais nova também tem curtido bastante. Então, acho que tenho meu espaço. O prolema é como ocupá-lo.
E aí vamos entrar na sua segunda pergunta. Um novo artista, com seu projeto independente, como fazer? Simples, tenho que procurar as alternativas que estão disponíveis para a divulgação. São dois caminhos: shows/festivais e internet. Hoje a proliferação de artistas novos é absurda, justamente porque a internet nos dá essa possibilidade de visibilidade para um público enorme. E essa é a minha estratégia. Eu considero que TV não existe. Tudo o que faço é voltado para mídias sociais. Agora mesmo estou com  um grupo aberto no facebook para montar um videoclipe para a música “As melhores coisas da vida” com a colaboração dos fãs (http://www.facebook.com/groups/446219352079353/). Peço que eles enviem fotos com o tema maternidade/paternidade e vou editar essas fotos e fazer um videoclipe pra ser lançado no youtube, no dia dos pais, dia 12 de Agosto. Então hoje, qualquer artista (não só o novo, mas principalmente o novo) tem que ter sua presença online, tem que cultivar seus fãs nas redes sociais, interagir ao máximo e convidá-los a fazer parte do projeto. É assim que o novo artista deve se encaixar e encontrar o seu nicho. A profusão de festivais pelo país também abre as portas e os palcos pros novos artistas. Acho que o cenário é muito bom.
DRMF: Existe espaço para experimentalismos nos discos, como em “Videogames” cuja letra é em inglês e “Nanana”, uma canção sem letra. Como elas se desenvolveram?
S: Eu considero “Nananá” como uma música experimental, não só pelo fato de ela não ter letra (e ainda assim ser cantada), mas também pela adição de outros elementos nela. Soa quase como um country-rock-mexicano extremamente divertido de se ouvir. Quando começamos a gravar “Nananá” eu já tinha uma boa ideia do que queria. Mas na medida em que gravávamos as ideias iam aflorando e fomos juntando tudo pra sair o que saiu. Acho que foi a música que seguiu o curso mais natural entre todas do CD. Ela fluiu. Um exemplo é que os gritos mexicanos que permeiam quase toda a música nem passavam pela minha cabeça quando começamos a gravar. E, ainda assim, eles praticamente viraram uma obrigação logo depois. Essa é a música no CD que acho que tem o maior apelo visual. Você ouve a música e vê o que se passa. Se sente sentado naquele bar, tomando umas tequilas com aqueles personagens típicos do velho oeste. Já “Videogames” é uma música que compus na época que morei nos EUA e assim ficou, em inglês mesmo. Fizemos um arranjo que acho dos melhores do CD pra ela e não havia razão para deixá-la de fora pelo idioma. É uma bela balada e acho que agrada aos ouvidos mais variados. Outras músicas virão em inglês mais pra frente. Ela só abriu o caminho.
 
DRMF: As composições são suas ou sua banda também contribuiu para a montagem das canções?
S: Tenho um único parceiro em duas músicas, que é o Walder Clemente, grande amigo de longa data. Fizemos juntos “Nuvens” e “Ponto.”. Todas as outras são de minha autoria. Agora, todos os arranjos em todas as músicas são da banda. Como disse antes, gosto muito de jogar e ideia e ver o que os outros entendem, o que sai. E quando se está trabalhando com uma banda boa como essa que gravou este álbum, sai muita coisa boa. Gosto de fazer música assim, com os inputs de todos, cada um trazendo sua própria influência musical e colocando um pouco de si nas músicas. Então posso dizer que a banda contribuiu bastante para a montagem das músicas sim.
DRMF: Pra finalizar, a pergunta que sempre fazemos: no que você acha que a internet está contribuindo e atrapalhando o desenvolvimento da indústria musical?
S: A possibilidade de digitalização da música e de sua transferência, sem qualquer perda de qualidade, de uma pessoa a outra, ou a troca entre milhões de pessoas, é um evento que não tem volta. E a internet nos propicia isso. Acho que a velha indústria musical, calcada na venda de discos e CDs físicos, ou seja, de música afixada a uma mídia, essa está fadada ao fracasso. Temos agora uma ressurreição do vinil (alguns custando entre R$40,00 e R$50,00), inclusive com algumas bandas soltando seu álbum apenas em vinil. Não sei até quando isso dura, mas acho que é um modismo e que, mesmo que não seja passageiro, tem um público restrito. O mercado da música mudou, o consumidor de música é outro. A internet apenas democratiza o consumo da música. E abre possibilidades. Dá voz a quem não teria nunca. Mas, também,  ao mesmo tempo que me dá a oportunidade, como artista, de ser ouvido por pessoas que eu jamais teria acesso há alguns anos, ela também faz da música um produto mais banal. Mais banal no sentido de que qualquer coisa que eu queira ouvir, está ali, a qualquer hora, ao meu dispor. E isso, quer queira quer não, desvaloriza o produto “música”. Mas a internet é a grande arma que temos para mudar o que está aí. Essa música de baixíssima qualidade que é propagada pelos nossos meios de comunicação de massa e das quais a indústria musical se alimenta. É na internet que os novos artistas têm que apostar todas as suas fichas. Ela é a liberdade, ela vai lhe dar voz, vai lhe dar um palco para você se apresentar, se tornar conhecido. Acho que com o barateamento constante dos custos de produção musical com qualidade, e tendo na internet um veículo espetacular de divulgação, quando bem utilizado, a produção musical brasileira (e mundial) tem muito a ganhar.

quinta-feira, julho 19, 2012

Cement Mixer Slim Gaillard

Sem fim: um pouco sobre On The Road

Em que lugar vai dar aquela estrada sem fim, de curvas pouco sinuosas, declives e aclives suaves a penetrar a vegetação árida, por vezes nevada sem deixar nunca a aridez? Seria na verdade a secura da alma a verter toda sorte de encontros imprevistos, de digestivas indigestas substâncias alucinógenas? De amizades e amores parcos e loucos por anunciarem sempre o fim, ainda que houvesse sempre um trago a mais que sorver, o final do fluido ou o início quem sabe, na dúvida permanente do copo pela metade; prestes a acabar ou a ser preenchido? Um novo encontro, embora sempre velho. O livro On The Road, de Jack Kerouak pareceu-me assim, mas diferentemente do filme recentemente visto ao lado da minha mãe, traz uma compulsividade infinitamente mais frenética, uma loucura imanente e iminente, enquanto o filme resumiu-se a retratar crises, pequenos clímax do livro diante da estrada sem fim, quando, é claro, a imagem pudesse render algum tipo de assombro ou exotismo, sem exageros, devo admitir. Asseguro que minha mãe manteve-se aparentemente com o olhar fixo na tela; penso que queria perscrutar a próxima curva, onde ia dar, para depois me dizer se alguma chegada valeu. O manuscrito é como uma montanha russa; uma monotonia sórdida, natural da vida de qualquer um, e uma súbita busca indeterminada, do incompreendido apenas para alguns, os mais ousados ou porque não dizer alucinados categóricos, ilegais. Curioso é como os lugares retornam e são sempre obrigatórias passagens ou chegadas triunfais, repletas de expectativas. Os lugares têm vida, os personagens querem viver ainda que custe a morte. Esqueçamos da alucinação alienada, legal, mas sem esquecê-la totalmente. O mundo ‘paralelo’ do ‘autor e seus ‘comparsas’ nem mesmo hoje soa como natural, pelo menos para os conservadores, para não dizer a maioria que nos rondam. E aonde fica a sobriedade que resguarda a sobrevivência digna, ainda que indignamente tristonha? Como encontrar em meio à realidade de dentro e de fora essa alucinação legal, saudável e asséptica? São essas perguntas que Kerouak fez nas entrelinhas. O diretor Walter Salles deu seu recado, dada as limitações da adaptação para uma obra tão repleta de movimento; ou ficava na estrada ou ficava nos lugares ou ficava nas pessoas. Precisou fazer os três e perdeu a profundidade até mesmo da superficialidade em alguns momentos. O tempo exíguo deixou o manuscrito sem grande expressão na tela, mas digestivo. Bonita fotografia, jazz, bop, blues; negros fabulosos, virtuosos na voz, no toque instrumental, na dança. Menos que no livro é claro. Não deu tempo para tanto sexo, drogas e rock n’roll. Mamãe não teceu grandes comentários. Adolescente nos anos 70, nem de longe soube o que significava beat, hippie. Foi apenas uma moça interiorana com rebeldia escondida. Acho que continua rebelde latente. Penso que ela não acharia mal ir pela estrada sem fim.

sábado, julho 14, 2012

Hidropônico




Tem sempre um lado que não é este lado, tem sempre uma sombra entre fatos, diria sobre escuro o lado claro da lua, astronautas e voyers a luz do meio dia. Lua cheia de manhã, veranico alucinante, meia fantasia, meia idade, meia na bilheteria no evento!....outrora ouvia com melhor ouvidos, hoje escuto e me atiro ao léu da linguagem, fazendo ouvido de surdo.


Falaria talvez sobre outras coisas se tivesse assunto como não; me abstenho de opinião e peço ao garçon sanduíche de mortadela. na popular de um e noventa e nove. De novo me ocorre o oposto a isto e me desfaço na frase, inexisto por simplesmente não ter substância, de novo vem a frase de outros. talvez não, assim vou esbarrando em paredes que não falam.

Outro sim se serve da elipse e muda o sentido do dialogo e cala minha boca maledicente e se compadeçe da desgraça alheia sai a francesa: reinveinta o palavreado.