Radio A Toa

quinta-feira, maio 05, 2011

Sangre Latrino (a grind poetry)...assim falei com Zaratustra



se escorre do sangue a alma
então diga a todos
que todas as cores
traduzem o vermelho

e nem sempre
a anima mundis
colore de rosa
as panteras

escorrem das pernas
hemorrágicas balelas
sempre-livres a clamar
pelos obês e os abás

quando as luzes se apagarem
Não me diga que não posso,
me deixa entrar
se minha alma é vermelha
no teu sangue quero nadar

E com meu cabinho
te marcar de azul,
cor de rosa.
sei lá talvez com lacinhos
furta cor.

hei de endurecer-me nesta ternura
multicor, me lambuzar no rubro odor
no compasso do beija-flor
e te beijar aonde a boca for.

Do triangulo das bermudas
até o sul do Equador,
daqui segue o navegador
ao norte do ancorador leste
para as latrinas de buda-peste

Sara_Evil/Zaratustra


2 comentários:

Keila Costa disse...

'hei de endurecer-me nesta ternura
multicor, me lambuzar no rubro odor
no compasso do beija-flor
e te beijar aonde a boca for.' Coisa mais linda! Beijos

Nina Blue disse...

Eu fico com: "E com meu cabinho
te marcar de azul,
cor de rosa.
sei lá talvez com lacinhos
furta cor".
Beijinhos!