Eu sou a favor do amor.
Doa a quem doer.
Porque, não se enganem, o amor dói.
E não arde sem doer.
Dói e a gente sente.
O amor é dor e fonte de renda para analistas, psicanalistas.
Porque o amor nos traz tormentas mentais.
O amor é dor e misticismo.
Que os diga os astrólogos, falsos profetas e messias.
O amor é dor e é mentira.
Devolvo seu amor em sete dias.
Mentira.
Trago de volta a pessoa amada.
Mentira.
Quem ama não mata.
Mentira.
Eu te perdôo, amor.
Mentira.
Mas eu continuo sendo favorável ao amor.
O amor louco, transloucado, roubado, proibido, escondido.
O amor de armadilha, de artimanha, de estratégia.
O amor súbito, inesperado, despreparado.
O amor construído, arquitetado, planejado.
O amor casto, puro, sincero.
O amor vadio, profano, plural e díspare.
O amor em número ímpar.
Porque o amor é dor, mas não é castigo.
O amor é dor e escolha.
O amor é serenidade e movimento.
O amor é aquilo que move o mundo.
Eu desejo que você ame muito e seja amado.
Que não sendo amado, continue amando muito.
Que sendo muito amado, retribua.
O amor é dor e é destino.
Às vezes nos leva a lugares inóspitos, territórios desconhecidos.
Não se engane, o amor dói e é gostoso.
E amar é um caminho sem volta.
Feliz Dia dos Namorados.
Um comentário:
Lindo de matar, este teu poema do amor!
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