segunda-feira, setembro 12, 2011
De que vale?
Querido, não queira mais saber das minhas dores, sobre as palavras e guardados...
Penso que há muito acaminhar no meu lugar repleto de significados, objetos perdidos, intenções e pré-requisitos. Da janela vejo a vida passar entre carros, pessoas em festas, buzinas impacientadas de sujeitos mal amados e descrentes das suas próprias idéias e do outro. Ah meu caro, onde estão as certezas absolutas em enunciados que vão dar em nada? O que imaginamos dar conta não chega nem a transbordar nos escritos, escritos teus, meus, o que importa? Somos sós! O que vale mais, o que atinge a alma escondida em prantos cifrados? Nem sempre nos permitimos e ao outro, um ingresso livre em nossos arquivos pessoais. Nem sempre queremos ter no mesmo prato os grãos que nos alimenta o corpo, que dirá os que alimentam os quereres, os desejos e as emoções...
Não, não há como descrever com belas palavras o absurdo do não sentir na letra o que a língua não profere...
A derradeira fala é aquela que se coloca em atos. Senão, fica o dito pelo aturdido. De que vale?
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Um comentário:
Ainda penso na palavração, nesse desejo e agir contido na palavra...mas compreendo perfeitamente, de que vale, senão por aqueles que nos permitem a palavra ação?
Beijos Nina
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