quarta-feira, agosto 31, 2011
HOELDERLIN - Nürnberg
O escavador de tesouros
De bolsa desprovida e coração sofrido,
Arrastava a minha triste vida
A maior das desditas é ser pobre
Riqueza é o soberano bem
Para acabar com meus padecimentos
À cata de um tesouro me enlevei
E tê-lo-ás, minha alma! assim clamando,
Com o meu próprio sangue o atestei
No lugar propício já chegado
Signos e mais signos mágicos tracei
Acendendo vivas labaredas,
Ossos e ervas mágicas reunindo
A invocação completei
Seguindo o rito, fiel ao roteiro.
Cavei o chão da terra fria,
Em busca do tesouro ambicionado
Feia era a noite, tempestuosa e negra.
Ao ressoar da meia-noite
Vi surgir do bojo da treva imensa
Uma luz resplandecente
Vindo em minha direção
Qual estrela alvinitente
Rasgando a escuridão.
Num abrir e fechar de olhos, num repente
Banhou-me fúlgido clarão
Brotando da taça refulgente
Que um moço de belo aspecto
Formoso, trazia na mão.
Vi que seus olhos brilhavam
Cheios de benevolência,
Sob uma coroa de flores
Vi que ele vinha com uma luz divina,
Transpor o círculo da força mágica.
E assim o fez, para depois,
Bondosamente, convidar-me para beber
Daquela taça.
Pensei comigo: não é possível
Que um moço tão carinhoso,
Radiando luz e tão formoso,
Dos domínios do mal seja um enviado.
- Ó meu amigo, bebe entusiasmo para sua vida
que só assim hás de chegar à compreensão
e assim fazendo, jamais aqui retornarás,
cheio de medo a estes lugares tortuosos,
para estas coisas de invocação!
Larga mão de escavar nesse vazio
Outra seja a tua forma de viver:
Durante o dia – trabalho.
Ao vir da noite – sossego, visitas e distrações
Árduas semanas de lutas, às vezes festa e alegria,
Tal seja, daqui por diante,
O teu rito de magia.
Goethe
Tema para um amanhecer quase imaginário.
Podemos sentir a manhã orvalhada a nos trazer do sonho, ver o dia clarear montanhas, avenidas e despertar, onibus, trens, botequins, bancas de jornais, prédios, vilas e padarias, pessoas ainda quase sonâmbulas, elevando-se, atravessando ruas e pedindo médias com pão e manteiga, atônitas com as noticias dos crimes da cidade, atrocidades classificadas como venda de carros e imóveis....cadaver esquecido na esquina enrolado para presente em fita crepe...orações ao sol e apartamentos com torneiras folheadas a ouro.
Atrasados no ponto de onibus muitos perdem suas caronas, e no trem dormem ao som dos tatás dos trilhos....como crianças pequeninas, alheias à mão que balança o berço....olhos úmidos limpam-se das remelas emocionais reveladas pelo sonhador; inconsciente...de dia denovo, a luz permeia as escuridões internas e parte para atividade correndo atrás de um onibus cheio de expectativas, competições e noites mal dormidas em desilusão ou folias amorosas....decepções mastigadas durante o dia em salas sem janelas, ambientadas pelo congelar do ar condicionado e o teclado, comunicação quase que corriqueira aos usuarios de janelas....que admiram-se com aquarios redondos que enlouquecem peixinhos japoneses, vermelhos e dourados...enquanto os ventos do sudoeste acariciam corpos que recolhem roupas e esfregam camisas, calças apagando as manchas do detergente e a sujeira não filtrada das maquinas cansadas e engatilhas pela pobreza à se automatizar.....pão com manteiga na chapa e o discurso sobre o colesterol e o entupimento das artérias....mais um dia pensado, como menos um dia, perdido em sua glória, cheio de erros de grafia, falta de virgulas e acentos...ledo engano.
Sol atrás de nuvens num horizonte escondido por prédios, elevadores, camas e alcovas temporárias, berço de meninos e meninas, presas faceis aos lezares da paixão....don't hate us...feel that morning...o cheiro das ruas e o amanhecer asfáltico, suburbano, impregnado de falsas maresias...e do molho que ainda não borbulhou, indicando o que irá preencher a marmita, com o que fará a energia do dia...quando nos sentar-mos no refeitório, para nossas restaurações... saboreando sobremesas padronizadas com muito açúcar e refrescos super gelados com sabor de drops de lima/limão....todos em um, um em todos, igualados pelo gosto que carece de tempero...apertando parafusos imaginários neste mundo moderno....esquecendo a cor da manhã que se perde pela tarde de calor desértico.
quinta-feira, agosto 25, 2011
A Estória do Sonho de Raimundo Nonato!
I
Celebrou, uma frase
de verdadeiro insigth,
raimundo nonato!
era uma manhã comum,
33 antes do bang.
...33AB(?):
-Sem compartilhamento, não;
há desenvolvimento!
aí!, se levantou,
deu uma mijada,
vomitou no box
...e voltou a dormir!
II
a véia me disse num sonho:
cê num é o estranho
é, o sonho que está mudando!
- bang ....véia!
aí ela disse:
- já faz tempo garoto!
quarta-feira, agosto 24, 2011
terça-feira, agosto 23, 2011
domingo, agosto 21, 2011
How To Be Lymphatic When We Apologized?
Um colar de pérolas negras
adormecido sob um colo que abriga
a meia taça da sedução in a killer lingerie,
que 'tava, escondida no armario
de baixo de alguns esqueletos
de um alfarrábio que já é vulgar.
meias noites, velas & pavios azuis de o.b.
liberando a pagã festa infertil,
e padeceres em paraisos góthicos
na tonalidade tonal, lacuna coil,
sonhos de nigth wisher's, nigth children´s,
'nd the obsolets sins of a fake vampire...
ácaros carnívoros nos jantando no meio da madruga
suss_urrando zumbidos e palavras já ouvidas ao vento,
esquecidas pelos muzak's que tocam nos elevadores.
....desalentos redundantes
que já não mais nos impressionam!
indiferença ética a qualquer estética.
Olhar negro em meio a mechas lilazes
tingidas com os desejos da paixão
lusco fusco, love song's do outono relembradas
no meio desta primavera quase; verão.....
Corpos de deusas se debruçando,
como o de camponesas...
nos trigais das trevialidades trovadas....
vadias gozando, sem parar...
reinventando o tudo, num instante!
II
"Greensleeves was all my joy
Greensleeves was my delight,
Greensleeves was my heart of gold,
And who but my lady greensleeves."
III
Um dia pérolas, não valerão mais nada!
Proteínas, fibras & isotônicos
serão o motivo das riquezas,
mas não conseguiremos dizer, que
nunca mais vai haver amor!
pode até vir a ter outros nomes
mas, vai sempre ter que ter
a "doidera" de ter tesão.!
Viver de Silício-Carbo-Hidratado (?!)
Gozo virtual.....energia
para os recarregadores de pilhas....
como os vendidos hoje em dia nos
camêlos que se encostam pelas,
esquinas desta babilônia binária.
quinta-feira, agosto 18, 2011
EMERSON LAKE & PALMER - The Sage
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
segunda-feira, agosto 15, 2011
A antenada srta. N
A Srta. N pensa que o mundo a persegue. Definitivamente não consegue transitar pelas estradas alheias. Cobra diariamente, uma solução para as suas angústias, ter um carro novo, um vestido que lhe dê aparência deslumbrante, uma jóia de rara beleza, um sujeito completo aos seus pés. Repleto de afeto, justificativas, afirmativas, desejo e palavras doces...
Oh boy!
A Srta. N não compreende a palavra não, e o seu limite é estar totalmente fora dele. Vive a céu aberto e a sua verdade é absolutamente real dentro do seu imaginário delirante. É definitivamente, uma foracluída.
A Srta. N sofre. Um sofrimento inenarrável e mortal.
Às vezes, sai pelas ruas sem destino, entra na estação do metrô sentido zona norte, acreditando estar viajando com destino aos subúrbios de Paris!
A Srta. N não pede socorro, ela é sua própria ambulância psíquica e sempre em via de algo que a determine, que a toque profundamente, que lhe grite uma palavra da lei e estruture seu corpo e pensamentos despedaçados.
Outro dia, "carregava" uma faca dentro do peito. Também tinha um sujeito a segui-la, escondido atrás do seu carro. Para completar, o tal personagem possuía um fuzil...
É claro que a tal arma pesada estava direcionada para o seu corpo pequeno e frágil.
Chegou a confirmar que não estava na cidade do Rio de Janeiro, era um país chamado morro do Alemão.
- Você não leu? Está em todos os jornais e programas de rádio e televisão...
Tentei confortá-la. Sua reação foi algo cinematográfico, ela respondeu aliviada:
- Não se preocupe comigo, porque o Capitão Nascimento está chegando e vem me salvar!
Perguntei se ela havia lhe informado o "nosso" endereço. Ela olhou de soslaio, deu uma gargalhada sonora e falou de uma tacada só:
- Eu não preciso dar um "endereço" ao Capitão Nascimento, porque ele lê meus pensamentos, ele sabe tudo que eu faço e sinto. Ele é da Tropa de elite. Você não está antenada hoje! Semana que vem, vou te trazer uma antena que tenho guardada no fundo falso que tenho dentro do meu armário. É uma antena especial... Tecnologia de ponta... Fez questão de afirmar.
Nosso tempo chegara ao final. Olhei para ela, lhe ofereci a minha mão e falei com calma e firmeza:
- Srta. N vamos sair do “nosso” esconderijo, porque o Capitão Nascimento acabou de chegar para escoltá-la com segurança até a sua casa do outro lado da rua.
Ela me abraçou, segurou na minha mão e falou como quem conta um segredo:
- Vamos! Ainda bem que eu consegui completar a minha missão de hoje. Esse mundo está muito louco, não sei onde as pessoas vão parar!
domingo, agosto 14, 2011
UBUNTU
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo. Então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
sábado, agosto 13, 2011
sexta-feira, agosto 12, 2011
Tempestade de Borras ...The Forest For the Trees.
Me entristece ter que gastar água potavél para empurrar "bingas", esgôto à fora....por produzir o lixo que faço dispensando os práticos descartáveis do dia a dia, sinto ódio pelos bilhetes amorosos que lhe deixei em papéis que foram feitos de árvores as quais nunca aproveitei a sombra ou amarrei uma rede, pelas sustâncias que coloriram os mares intoxicando peixes que jamais me alimentaram ou salvaram minha saúde com seu omega3 dos radicais livres....sinto que o licopeno dos tomates cozidos com azeite, não salvarão minha próstota da culpa por intoxica-los para que eles sejam bonitos aos olhos nas prateleiras do supermercado e que o verde das verduras me negarão a clorofila que limpara o ar durante a madrugada livrando-nos dos efeitos do gás carbônico e os buracos na camada de ozônio, do insuportável efeito estufa e os supostos calores da andropausa...não me envaidece assistir pelejas esportivas em campos aonde residiam arvores se prevalecendo do humus e da humidade ambiente....avançando suas raizes até encontrarem os lencóis "freáticos" de nosssas ambições...não me agrada produzir riquezas que algum dia não valerão mais do que um copo d'água ou uma caneca de sopa de entulhos durante o sermão d'um exército da salvação, sobre a bondade e a onipresença de deus e de quanto ele ama seus miseráveis filhos...pouco me importa os discursos dos corruptos que derrubam florestas para alimentarem gado ou sobre os que constrõem galpões modernos para defenderem frangos da gripe usando a madeira anti bacteriana dos pinhais e dos que argumentam sobre sua seiva ser util para matar quase 99% das bacterias em nossas casas e perfurmar assentos, não só os sanitários, a nos escancarem suas bocas cerâmicas durante os momentos de nossas intimidades, prefiro morrer de cólera ou similar aparente.....ou, o conforto de poder falar com voce pisando em pilhas radioativas que espalharão o cancêr sobre o solo do planeta e tão pouco ler suas crônicas em monitores de baixa radiotividade ou a autodestruição de Kurdt e a sua preferência "heróica" para curar-lhe do inferno....nevermind me, se a planta tem agrotóxico ou se as carnes estão impregnadas de anabolizantes. um pouco de ar puro para sentir os pulmões como quando berreva o oxigênio à queimar-los....vindo do suspiro das árvores que nos roubaram os colonizadores e ou vendilhões inatos que as trocaram-nas por machadinhas, facas e berloques, fetiches práticos do lixo europeu..(tecnologia defasada)....pouco importa a linguagem denotativa se não há quase mais papagaios para repiti-las sem noção do que falam....como os utopistas que dizem que temos nome de árvore e vivem de quebrar galhos como qualquer outros mandraços que tem que se virar para mostrarem que são produtivos ao espetáculo da produção e da exibição de seus estatus e do conforto de Lexus blindados com o ferro que não mais colorem o vermelho das calçadas de itabira o de qualquer outro lugar que tenha vindo o poeta que se foi deixando seus versos impressos nas lágrimas de árvores que nunca mais abrigarão micos ou outros alienígenas destinados a extinção...ou. aonde esta minha mente se não posso respirar ou se tenho que proteger minha pele da chuva ácida...de que vale escrever versos, se amanhã seremos todos mutantes vitimas da vida criada nos laborátórios que roubam a natureza em suas formulas mágicas da juventude e como estar em conflito pela sede e a inexistencia de alimentos que não sejam os trangênicos.....que tal um burguer de "solens green", sabor cane, marinado no alcatrão, para disfarçar-lhe o pútrido sabor?....que tal um pouco de mel de abelhas cruzadas com caramujos africanos com sabor de escargot livre de pragas emocionais?
Mater certus, pater incertus.....natura est!
descobrir que o azul do céu matinal é um pigmento anil, endossado por um ministério público; esparzido nos céus todas as manhãs, pelos aviões de carreira, pacto adjeto entre controladores e a hierarquia local, imagina; 100 anos de erros internacionais em áreas nacionais....tecer mundo.....pouco interessa pegar um transporte para qualquer parte e queimar o combustível fóssil que deixou como sub produto a vazelina que lubrifica o nosso "trespassador" "passa fio".....roubado das placas geográficas que estabilizam o planeta.....as roupas de "taktel" estão todas furadas e, as de algodão rotas e encardidas....o sabão que promete alvejá-las, mata os plânctons que alimentam mares e, fazem com que as baleias cantem felizes alucinadas pelas chuvas que diluem o sal da terra e lavam oceanos, pororókas e o leito do rio negro....piscina de boto!
....acho; - nunca mais vou fazer cocô!
quinta-feira, agosto 11, 2011
quarta-feira, agosto 10, 2011
Alegria
Dia, alegria, mania,
Leia nas minhas linhas,
Nós entre paredes brancas,
Como um sopro, uma ideia.
Hoje são só,
Simples e instantâneas,
Fortes e mundanas,
Saudades.
Seu riso ainda flutua,
Seu semblante hesitante,
Seus olhos cortando os meus,
Mascarando a dor d'alma.
Pudera pousassem borboletas,
Que levassem embora,
Nossos pudores,
Tão nossos,
Odores...
terça-feira, agosto 09, 2011
A Tradição e a Idéia ...comments 'bout comentários.
Pensava assim,
cordel inexacto,
numa cena mal contada,
sem pausa ente palavras
num gole de pinga.
....com certeza não.
entenderia nada
que, como sempre
nunca entendi!
Mas, imagino
um blog de comentários
o verdadeiro valor
de blogar!
ouvir a opinião alheia,
não elogio.
mas interatividade
ensurdecedora,
aonde no entender
o Comentário é o assunto.
O corpo do Blog!
campanha de incentivo
à comentários
Faça do blog sua voz!
Comente!
Grato!
'Ilusionados'
Eu sinto essa imobilidade, minha e de todos. Sinto arder em meu estômago, uma das vísceras da alma. Onde estarão as virtudes? Se as soubéssemos...que bálsamo teríamos. É que hoje tanto faz, posto que tudo é perdoado, embora a tortura seja lenta e silenciosa para quem não quer sentir, ouvir. Torturados de vendas, a não ver o carrasco nem forca, senão um imaginário torto sem os encantos surreais, mas invertido, carcomido, como uma cicatriz, viva cicatriz. Se tudo quanto queremos está lá na prateleira, basta colher sem os esforços primitivos da coleta, basta pegar e trocar por papel inerte, um engôdo engenhoso pra nos livrar do peso mineral, um engôdo fosco de brilhos em personagens e natureza morta. Sentes essa imobilidade? Essa sedução ilusão? Crês talvez na incompreendida luta de conjecturar saídas para onde não há saída, labirintos minotáuricos, essa fusão tão apropriada ao humano enganador. Não, não sentes a imobilidade, posto que avanças irrefreável ao gosto de pegar pois qualquer beneficiado à venda, agregados ilusórios de valor, apêndices criados em avanços de narcisos, cheios de vontade de poder. Mas não queres colher amor, posto que este pressupõe o primitivismo da troca. Pressupõe também o trocar em abstrato, para além do objeto. Há nuances maravilhosas nisso, imprecisões raras, acertos inimagináveis de sentir.
sábado, agosto 06, 2011
Memo
Escolha umas palavras, dê sentido à frase, finja que ta dito o passado que se nega a passar, repetindo um engano que a esperança não cura e o otimismo começa a duvidar do porque... tenha sempre à mão a fé, e a firme crença que tudo pode ser melhor do que é pela simples incidencias de louvaveis méritos.
Outro cara me diria algo que poderia ser diferente do que sempre compreendi como exato no meio de tantas tendencias e o sectarismo cultural que recicla cada ideia num incansavel axioma lavouseriano, nunca desdito sempre repetido com outros parametros...janelas caóticas abertas a quem quiser olhar....quando o sistema cai, congestiona a civilização.
quando acaba a energia todos saem dos seus cubiculos beje para futricar o que assucede, a lingua vai desmistificando a cena numa compreenção inadimissível, cenas de outro teatro ao qual não temos ingresso....falta luz tudo apaga por 10 minutos o nobreak apita, escandaloso a fome de energia, então amanhã nasce o sol fica claro e o sistema continua se movendo com fome de energia...nós, nós do planeta, fazem dias que nada me ocorre e outras frases ficam assim jogadas ao relento como eu e a minha low self opinion.....nem sempre é facil escolher suas soluções, imaginar é facil mas não corresponde a nenhuma expectativa alheia, no maximo empaticas nunca tão visceral como em nós.....outro dia tava tentando escrever mas sofri de gagueira não sai das primeiras silabas e as fiquei repetindo incensantemente na trava linguofaringeodental....pelo mundo vou da nascente a foz, de barquinho ou a pé pelas margens. já não me dou mais ao esforço mas, me esforço a cada dia, minuto a minuto...no almoço arroz com cenoura, ervilhas, milho e pimentão, carne de panela e batata palha, para que haveria de querer mais? senão crer que vc merece o que deseja.
a civilização é tão grande que perdeu o controle só nos resta o controle estatal....não sei se continuo por prolixeria ou por teimosia, gostou é o meu batom......e mamãe reclama....gosto disso desse cenario surreal e coisa do real na interferência histórica. na falta de opção vou fazendo isso que gosto breakdance no teclado e, na ponta da caneta com gravidade interna.....no sentido da dicção diria que perdi a fala.
quinta-feira, agosto 04, 2011
O Segredo de Dinorah
Dinorah era sujeito simples, de hábitos fixos. Cinema no Santa Maria da rua 24 era com ele mesmo. Almoço a quilo todos os dias, inclusive aos domingos. Vida Discreta. Cresceu ouvindo piadinhas envolvendo seu nome. Seu pai realmente o sacaneara. Aos 15 anos foi expulso do Colégio por quebrar uma vassoura na cabeça de um infeliz, colega da época. Gritou:
-Chega, porra! Puta que pariu, caralho!!!
Nunca mais brincaram como o nome de Dinorah. Esse dia, com o tempo, ganhou contornos folclóricos. Ficou conhecido como o dia em que Dinorah deu seu único grito na vida. Dinorah cresceu e virou funcionário público. Seu crachá tinha algo que chamava a atenção de todos. Estava escrito: D. Antônio N., chefe de expediente. Junto com seu cabelo engomado, o crachá também era alvo fácil para piadinhas. Os colegas sempre brincavam tentando adivinhar o que seria o tal 'N' do cartãozinho pendurado no pescoço. Dinorah não dava brechas para engraçadinhos mais afoitos. No meio de todos havia uma menina chamada Clarice. Garota tímida, óculos de grau, pouca maquiagem. Ela se avermelhava sempre que via Dinorah passando. Depois de 7 anos, Dinorah percebeu a existência de sua vizinha de repartição. Tomado por uma coragem que nunca teve na vida, Dinorah deu um bom dia, depois de 7 meses de ensaios em casa.
-Oi, bom dia!
-Bom dia, Senhor Dinorah!
-Voce trabalha aqui desde quando?
-Com o senhor, desde 2000. Mas nesta repartição, desde 95.
-Hum! Hum Hum!
Dinorah se descontrolou. Não conseguia dizer mais nada. Apenas balbuciava algo, em uma espécie de língua morta. Clarice permaneceu estática, esperando uma continuação do diálogo. Dinorah começou a suar, suar. Três colegas já observavam este momento, terno e desesperador. Depois de muito suar, Dinorah diz:
-Falta muito para você aposentar?
Um dos colegas chega a cair da cadeira. Dinorah pensa rápido e começa a se chamar mentalmente de retardado, idiota. Clarice, meio confusa com tudo, responde que 25 anos ainda. Não se falaram mais naquela manhã. No dia seguinte, Dinorah chega de roupa nova, cabelo com mais goma que de costume, e um novo sorriso estampado na face.
-Bom dia, Dona Clarice!
-Bom dia, Sr. Dinorah!
- Que isso, menina! Pode me chamar apenas por D. Antônio N.
A mocinha sorri timidamente. Dinorah pede licença e vira já rumo à sua mesa. Clarice pergunta:
-Senhor?
Dinorah com uma cara de Jerry Lewis, volta mostrando todos os seus dentes:
- Sim?
-Posso perguntar o que significa esse 'N' em sua identificação?
Dinorah perde o rebolado. Seu sorriso amarela. Suas forças o abandonam. Clarice se arrepende:
-Desculpe-me! Sei que não é de minha conta. Mas acho que o senhor deveria mudar seu crachá. Geralmente abreviam-se o primeiro e ou segundo nomes. O sobrenome é que se destaca.
Silêncio geral. Toda a repartição pára. Intermináveis segundos ditam o ritmo desta manhã. Olhos se cruzam na platéia. Um gordinho não aguenta e cochicha:
-É agora! É agora!
Depois de muito refletir, Dinorah gesticula discretamente e calmamente responde a Clarice:
-Meu sobrenome é Normal. Meu nome completo é Dinorah Antônio Normal.
Os colegas ficaram atônitos. Todos pensaram em dezenas de possibilidades. Mas ninguém imaginou que fosse 'Normal'. Clarice então disse que faria novo cartão para Dinorah. Já com as considerações de praxe para a confecção de uma nova identidade para Dinorah no trabalho. No dia seguinte, Dinorah mal dá seu primeiro passo na sala, Clarice o chama quase que gritando. Dinorah ruborizou. Todos se viraram. Clarice mostra o novo crachá, com os dizeres:
Dinorah A.Normal. 10 minutos de histeria em toda a sala. Dinorah nunca mais olhou para Clarice. Os últimos 25 anos foram difíceis para Clarice. Desprezada por Dinorah, Clarice envelheceu com uma paixão no peito, ardente e contínua. Dinorah ficou conhecido em toda cidade como Dinorah Anormal. Até o fim de sua existência, Dinorah nunca mais sorriu e tornou-se um cerumano muito amargo. Morreu sem deixar lembranças. Ninguém se interessou por seu Corcel II ano 85, parado na garagem. Fim.
Dr.Loxton
-Chega, porra! Puta que pariu, caralho!!!
Nunca mais brincaram como o nome de Dinorah. Esse dia, com o tempo, ganhou contornos folclóricos. Ficou conhecido como o dia em que Dinorah deu seu único grito na vida. Dinorah cresceu e virou funcionário público. Seu crachá tinha algo que chamava a atenção de todos. Estava escrito: D. Antônio N., chefe de expediente. Junto com seu cabelo engomado, o crachá também era alvo fácil para piadinhas. Os colegas sempre brincavam tentando adivinhar o que seria o tal 'N' do cartãozinho pendurado no pescoço. Dinorah não dava brechas para engraçadinhos mais afoitos. No meio de todos havia uma menina chamada Clarice. Garota tímida, óculos de grau, pouca maquiagem. Ela se avermelhava sempre que via Dinorah passando. Depois de 7 anos, Dinorah percebeu a existência de sua vizinha de repartição. Tomado por uma coragem que nunca teve na vida, Dinorah deu um bom dia, depois de 7 meses de ensaios em casa.
-Oi, bom dia!
-Bom dia, Senhor Dinorah!
-Voce trabalha aqui desde quando?
-Com o senhor, desde 2000. Mas nesta repartição, desde 95.
-Hum! Hum Hum!
Dinorah se descontrolou. Não conseguia dizer mais nada. Apenas balbuciava algo, em uma espécie de língua morta. Clarice permaneceu estática, esperando uma continuação do diálogo. Dinorah começou a suar, suar. Três colegas já observavam este momento, terno e desesperador. Depois de muito suar, Dinorah diz:
-Falta muito para você aposentar?
Um dos colegas chega a cair da cadeira. Dinorah pensa rápido e começa a se chamar mentalmente de retardado, idiota. Clarice, meio confusa com tudo, responde que 25 anos ainda. Não se falaram mais naquela manhã. No dia seguinte, Dinorah chega de roupa nova, cabelo com mais goma que de costume, e um novo sorriso estampado na face.
-Bom dia, Dona Clarice!
-Bom dia, Sr. Dinorah!
- Que isso, menina! Pode me chamar apenas por D. Antônio N.
A mocinha sorri timidamente. Dinorah pede licença e vira já rumo à sua mesa. Clarice pergunta:
-Senhor?
Dinorah com uma cara de Jerry Lewis, volta mostrando todos os seus dentes:
- Sim?
-Posso perguntar o que significa esse 'N' em sua identificação?
Dinorah perde o rebolado. Seu sorriso amarela. Suas forças o abandonam. Clarice se arrepende:
-Desculpe-me! Sei que não é de minha conta. Mas acho que o senhor deveria mudar seu crachá. Geralmente abreviam-se o primeiro e ou segundo nomes. O sobrenome é que se destaca.
Silêncio geral. Toda a repartição pára. Intermináveis segundos ditam o ritmo desta manhã. Olhos se cruzam na platéia. Um gordinho não aguenta e cochicha:
-É agora! É agora!
Depois de muito refletir, Dinorah gesticula discretamente e calmamente responde a Clarice:
-Meu sobrenome é Normal. Meu nome completo é Dinorah Antônio Normal.
Os colegas ficaram atônitos. Todos pensaram em dezenas de possibilidades. Mas ninguém imaginou que fosse 'Normal'. Clarice então disse que faria novo cartão para Dinorah. Já com as considerações de praxe para a confecção de uma nova identidade para Dinorah no trabalho. No dia seguinte, Dinorah mal dá seu primeiro passo na sala, Clarice o chama quase que gritando. Dinorah ruborizou. Todos se viraram. Clarice mostra o novo crachá, com os dizeres:
Dinorah A.Normal. 10 minutos de histeria em toda a sala. Dinorah nunca mais olhou para Clarice. Os últimos 25 anos foram difíceis para Clarice. Desprezada por Dinorah, Clarice envelheceu com uma paixão no peito, ardente e contínua. Dinorah ficou conhecido em toda cidade como Dinorah Anormal. Até o fim de sua existência, Dinorah nunca mais sorriu e tornou-se um cerumano muito amargo. Morreu sem deixar lembranças. Ninguém se interessou por seu Corcel II ano 85, parado na garagem. Fim.
Dr.Loxton
quarta-feira, agosto 03, 2011
Mais uma de hoje ...Os Antecedentes e a Perpetuação da Embolia Emocional.
Conheço varios perfis de peixes e me estranho com alguns, me incertificando e com outros me olho feito um, narciso desavizado se admirando num, espelho..... tecla errado, assim teimando entre virgulas, ponto / virgula e dois pontos (.) pronto é a frase, o peixe na mesa e as ilusões por água abaixo, sempre assim desavisos e quartos vazios a vencernos durante a noite, outro dia assim palavras foram aflorando como enganos paradisíacos e conversas moles com edonistas vulgares. verso surreal assim como quem come feijão com arroz e farofa e se extasia no ante-verso anônimo daquele que fala por frases, o texto assim, solto sem medo da trema ou do sistema que certifica a esquemia bulemíka, verbalização feito falácia de boca alheia! verbose output!
Oppssss!
Dadaísmo me consome como quem,
aos peixes da peixaria do seu Arlindo!
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