Dia, alegria, mania,
Leia nas minhas linhas,
Nós entre paredes brancas,
Como um sopro, uma ideia.
Hoje são só,
Simples e instantâneas,
Fortes e mundanas,
Saudades.
Seu riso ainda flutua,
Seu semblante hesitante,
Seus olhos cortando os meus,
Mascarando a dor d'alma.
Pudera pousassem borboletas,
Que levassem embora,
Nossos pudores,
Tão nossos,
Odores...
2 comentários:
Nina,
Poesia, sempre digo, não é pra pensar...está no lugar muito mais dos sentidos...e combinamos as palavras ao sabor da língua, que pode vir com congruência sonora e contradição também...Não seria o pudor esse receio mesmo dos odores? Tem um livro do Milan Kudera...A insustentável leveza do ser, no qual ele fala desses artefatos sanitários escondidos nas paredes...os nossos odores, nossas secreções...e como estamos sempre ligados a esse pudor do odor, pelos perfumes ou esconderijos da 'civilização'...
Gostei muito da poesia! Beijos
Keila, com certeza!
Conheço o livro,aliás, belíssimo!
Excelente comentário. Obrigada, você o percebeu além das linhas, e, das paredes!
Beijos!
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