Radio A Toa

quarta-feira, julho 31, 2013

Quando assim é




Quando tudo é muito pouco,
ou muito nada,
ou muito tudo.

Quando a sede que me dá é muito seca,
ou muito intensa,
ou muito complexa pra se sentir.

Quando as respostas que não me chegam,
são muito vazias,
ou muito ditas pra se compreender.

Quando tudo o que não falo,
ou fica por aí,
ou desaparece.

Quando eu quero mais um trago,
ou mais um gole,
percebo que não há mais:
pra calar,
pra chorar,
pra extinguir de mim.

Quando eu não me preencho,
nada mais há de haver,
pra somente ser.

Mas eu existo no meu nada ser,
no meu eterno querer te amar.

Ainda assim eu penso,
que devo.não me permitir...

Continue com meus versos,
Observando o meu avesso,
espelho meu tão seu.

E pra não falar o que eu esqueci,
do tão distante que ainda dói,
machuca e vive em mim.



sexta-feira, julho 26, 2013

Keila-me bem



Outro dia ouvia um crakudo dizer:
- Meu pulmão quer fumar!
Como doí isso a qualquer um de nós
essas crônicas urbanas de gps,
de trezentos e noventa em nove
nesses sites xing-ling,
que povoam o mono cromático chrome.

extensivo cheio de  apps inúteis farelos
ciber-robóticos de outras
linguagens além as minhas....
a de boca miúda à falar de outrem
além desses.....aqui presentes.

lembra?! 
de um olho no padre outro na missa,
e o que supomos desde Galileu.
lembra da máscara inquisitiva
lembra do tempo de se calar..
lembra o que restou para falar!

Sendo assim enamoramo-nos e deixamos de lado as fantasias, nos falamos assim ao natural da linguagem, à meia boca, pouco importa, pois sabemos que ali está a palavra desafiando o saber criando a dissidência... terrorismo poético, prosa pura para depois de alvorecer..eros e tanatos, vitamina de banana com aveia...bem ao gosto tropical!

Oxalá que Keila-me bem!
Só assim livro-me da tristeza!

quinta-feira, julho 25, 2013

Para Sara(r)

PARA SARA, PARA SARAR REPETIMOS PALAVRAS NOS INIBIMOS TAMBÉM DE DIZÊ-LAS OU DESDIZÊ-LAS, POIS QUE PALAVRA NÃO OUVIDA É SINTOMA DE PERIGO; MAS O QUE POUCOS SABEM É QUE PARA SARAR É PRECISO DIZÊ-LAS, DIZÊ-LAS VÃS, DIZÊ-LAS TORTAS, ARREPIADAS DE ACENTOS INUSITADOS, ESCOVADINHAS EXIGINDO FONÉTICA INTUITIVA; SARA MUITO ME AJUDOU A COMPREENDER A CURA DA PALAVRA DESDITA, MALDITA E BENDITA; FALOU-ME TAMBÉM DAS PONTUAÇÕES INFÉRTEIS A BLOQUEAR O CURSO DO RIO; FALOU-ME DA NECESSIDADE DE AUSENTAR PARÁGRAFOS, MAIÚSCULAS; FALOU-ME DOS FONEMAS QUE ENGANAM MENTES E CORAÇÕES, POIS QUEM DISSE QUE NÃO É O QUE SENTIMOS O QUE DEVEMOS ESCREVER?! QUE A NORMA E A SUPOSTA RAZÃO SÃO MAIS NOBRES E CORRETAS QUE A SENSAÇÃO?! E NESSE DISSE ME DISSE DE SARA ANDO TENTANDO SARAR DESSE DITATORIAL CONSUMO E MARKETING DA PALAVRA; ANDO NESSA PROCURA PELA FALHA DA ERUDIÇÃO, MALDIÇÃO; CLARO, NÃO FUJO DELA; HÁ QUE SE DEMONSTRAR CONTENÇÃO, MAS TAMBÉM OUSADIA PARA APRENDER SARAR.

quarta-feira, julho 24, 2013

Patogêneses e patologias alienígenas.... cosmic desert cruiser.



O TEXTO DIRIA AO QUE à si Falaria ou à alguém que o Ouviria. enfim vírgula, posso respirar! ... Falta de ar pode ser problema crônico...calar-se também .sempre fala; a falácia profana dos acentos, palavras de tolos e os desdizeres dos mentirosos.
faltam palavras pra dizer te amo! faltam palavras para tantas coisas que desisto de tentar ao menos uma vez.

Outro dia vinha caminhando na incerta, quase caindo pelos cantos, revivi entre virgulas uma frase á ser negada à um passado próximo  a ante/ontem, talvez, cruz credo, amem e o estarrecer em lágrimas ao orar, falando palavras ao vento ou impropérios vulgariosos; por ai. sabe-se lá o que  é frase ou inversão de verbo. a língua dita ressalta a palavra, cala o sentido; se refaz na frase.

- cala-se. Ou, Quase que!

Canta em tom menor o clamor da crença, berra aos quatro ventos os som da palavra; cala-se afônico de realidades além às suas, aquém a alguma necessidade de acento.... ante a fúria, sem frases para os parágrafos, nulo, sem antever sílabas para nada,sem saber compreender absolutamente  nada!

totalmente junk na roda de sarau, às três no amadeus...
depois disso só à meia noite, depois de amanhã.

Mas na festa a falacia ainda quer mais,
se reinventa nos fetiches,
reordena frases antigas.
cala-se por não saber versar....

nem sempre tudo é dito!

quarta-feira, julho 03, 2013

Vinho




Não sei o que me dá,
Quando bebo um bom vinho...

Gole vivo, tinto seco,
Palavras da boca para o copo.

Não sei o que me preenche,
Enquanto o vinho me envolve...

Saudades do tempo,
Do eterno será?

Não vejo mal em estar,
Em sua companhia fugaz...

Passando rápido por entre linhas,
Talvez de mentiras viver.

Não sei mesmo o que me dá,
São certezas ou quimeras?