terça-feira, dezembro 21, 2010
Capítulo 7 - Ao Empório!
Sendo assim, Antonio deixou os pensamentos nebulosos irem embora como as tempestades de verão.
Ana Maria o marcara para sempre e não havia um só dia em que não a recordava.
Tinha corpo longilíneo, olhos verdes e penetrantes, era uma feiticeira de almas distraídas e esquecidas de dias melhores.
Ah, Ana Maria! Por onde será que sua amada andaria? Tinha esperanças de um dia ter a dor do abandono cicatrizada, e também um lugar para viver a paz que tanto almejava.
Era doloroso sofrer com as lembranças do passado. Sentia na pele e na mente, o desejo a insistir e a martelar diariamente. Apreciava quando ela chegava silenciosa e provocante, vestida de fantasias e carícias...
Uma sede urgente lhe pedia água, fresca e inodora. Precisava sorver um pouco de neutralidade e juízo. Quem sabe saísse um pouco de si mesmo, talvez uma ida ao Empório local para mastigar uns petiscos da D. Naná e acalmar o passado persistente...
D. Naná era uma baiana agitada e generosa. Era famosa pelos seus quitutes e conselhos repletos de sabedoria. Vivia só. O Empório era herança do marido falecido. A vida não lhe presenteara filhos, então, adotava seus clientes. Entre um bolinho de feijoada recheado com couve deliciosamente bem refogada e um gole de cerveja bem gelada, a vida passava a ser mais fácil de digerir. Sim, D. Naná era a sua segunda opinião, iria ter com ela!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Surpreendentemente Buenos!
Postar um comentário