Relembrar também...
Pensar até que a dor dilua, transforme em água pura
o que não der pra engolir ou nomear.
Algo assim, que pareça simples de tão difícil...
Que escorra com o sangue da ferida aberta.
Até que passe o verão,
até o fim dos dias,
vou chorar as lágrimas
pra dor virar sertão...
Então quem sabe,
um respiro de jasmim me salve e me abone a carne,
cruelmente dilacerada...
de desejos malfazejos
que a vida encruou...
Só assim, pra passar bem,
pensar faz bem,
relembrar também.
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Um comentário:
Ai...até que essa "dor vire sertão", é tanta cachoeira caindo em barranco, a cachoeira vida, tão perigosa do Rosa...tão perigosa de nós mesmos...essa paisagem sertão e deserto dentro de nós cheira à calmaria, a vida que se soube tomada por tudo e não a tomar tudo, e aí é essa revolta cachoeira até vir o sertão...Lindo texto...
Beijos
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